Quando falamos sobre o uso de maconha em quadros psiquiátricos, geralmente as pessoas podem se lembrar de quadros psicóticos induzidos pelo uso de cannabis. Já foi identificado qual gene é responsável por essa indução: as pessoas que possuem esse gene tem 300% mais chance de se tornar esquizofrênicas ao usar maconha do que aqueles que não o possuem.

Entretanto, existem outros quadros psiquiátricos relacionados ao uso da maconha. Um dos piores é a Síndrome Amotivacional, em que a pessoa perde a persistência e a motivação para agir, acabando por ter grandes prejuízos em seus projetos pessoais.

Contudo, existe um quadro que, há algumas décadas, era chamado de Psicose Canábica. Isto por se tratar de um transtorno psicótico que não fechava completamente o diagnóstico de Esquizofrenia e de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), hoje o que vemos é que a maconha induz quadros maniatiformes de forma a levar as pessoas à um episódio maníaco psicótico.

Sabendo de tudo isso, devemos redobrar o cuidado ao falar de maconha, cannabis ou cannabis como tratamento de qualquer tipo de doença. Na psiquiatria não temos nenhuma indicação formal para o uso de derivado de cannabis no tratamento de doenças psiquiátricas.

Pelo contrário, o que temos é a evidência do seu malefício em muitos dos transtornos mentais.

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