É da natureza humana vivermos em sociedade, precisamos de outros para viver bem, isso implica também, que é natural dependermos de outros em alguns momentos de nossas vidas. Como por exemplo, quando somos pequenos, necessitamos dos cuidados de outras pessoas para sobrevivermos, porém, essa dependência deve ser finita, ou seja, ao longo da vida é de se esperar que ocorra o nosso amadurecimento, garantindo uma maturidade e autonomia para seguirmos independentes.

Porém, se tratando do âmbito emocional, para algumas pessoas há abalos na autonomia emocional que acaba gerando uma dependência afetiva, seja porque passaram por grandes traumas, mudanças repentinas e inesperadas, perdas ou separações significativas, ou estresse emocional impactante. Isso porque, esses tipos de situações acabam marcando o sentimento de abandono e vulnerabilidade no indivíduo, que impacta significativamente em suas relações futuras.

Essa dependência acaba por fazer com que o indivíduo sinta uma necessidade constante da presença e aceitação de alguém, o que acaba por fazer com que o mesmo aceite permanecer em relações consideradas ruins ou ‘’tóxicas’’ em troca de ‘’migalhas’’ de afeto e aceitação, levando até a comportamentos de submissão.

Sendo esta, uma condição que faz com que o indivíduo viva constantemente frustrado e aflito, porque não recebe o que deseja na intensidade nem na qualidade em que deseja, e ainda com o medo frequente de que há sempre a possibilidade da perda e do abandono ocorrer.

Muitas vezes, quem sofre de dependência afetiva passa a procurar maneiras de substituir, de preencher esse sentimento constante de ‘’vazio’’ que o consome, e essas maneiras podem ser por meio de comidas, bebidas ou até mesmo drogas. Em resumo, a dependência afetiva, além de comprometer relações saudáveis, também é responsável por impactar negativamente a autoestima do indivíduo.

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