Não, de forma alguma. Como seres humanos nós adoecemos fisicamente e emocionalmente. Por isso, sempre que estamos nos sentindo mal precisamos buscar ajuda técnica especializada. E nos casos de sofrimento emocional só o psiquiatra que vai saber dizer se uma pessoa está com alguma doença e se ela precisa de tratamento medicamentoso ou tratamento psicoterápico.

Se você acredita ter alguma dificuldade emocional, alteração de comportamento, insônia ou outras dificuldades de ordem psíquica, antes de realizar a consulta com um psiquiatra anote seus sintomas e os medicamentos em uso. No dia da consulta, leve também seus registros de saúde física ou mental e os remédios que já usou anteriormente (se for o caso).

Qualquer que tenha sido o motivo da consulta, o psiquiatra avalia primeiro a condição física e mental do paciente. Para tal, é realizada uma entrevista psiquiátrica de modo a obter informações e, se necessário, outras fontes são consultadas, como familiares e ou profissionais de saúde.

A meta principal é o alívio do sofrimento emocional e o bem-estar psíquico. Para isso, é necessária uma avaliação completa do paciente, sob perspectivas biológicas, psicológicas, de ordem cultural, entre outras. Uma doença ou problema psíquico pode ser tratado por meio de medicamentos ou terapêuticas diversas, como a psicoterapia, prática de maior tradição no tratamento.

Os psicólogos são os profissionais que se formaram em psicologia, que atuam com os pacientes por meio de psicoterapias, além de poderem atuar em outras áreas como os Recursos Humanos e testes psicológicos. Já os psiquiatras têm formação em medicina e, em seguida fazem a especialização em psiquiatria, diagnosticam e tratam transtornos psiquiátricos, podendo tratá-los com psicoterapias e por meio de medicamentos, neuromodulação e outras intervenções médicas.

Não! Ter um transtorno mental nem é sinal de fraqueza, nem de falha de caráter, mas, sim, um conjunto de fatores internos e externos. Ter um transtorno mental é uma somatória de predisposição genética, alterações clínicas e ambientais ao longo da infância, eventos estressores atuais ou prévios e alterações químicas cerebrais.

Os medicamentos psiquiátricos são controlados e necessitam obrigatoriamente de receitas porque influenciam o funcionamento do cérebro. Mas não são mais perigosos do que todos os outros medicamentos vendidos sem receita médica. A pesquisa científica tem descoberto substâncias cada vez mais eficazes e com poucos efeitos adversos, o que permite resultados cada vez melhores. Alguns medicamentos podem provocar dependência, e o especialista vai saber qual a dose correta, o tempo adequado de uso e de que maneira estes medicamentos devem ser utilizados para evitar este problema.

O tempo de tratamento dependerá da doença. Algumas possuem tempo delimitado e outras vão requerer um tratamento contínuo.

Existem algumas mudanças de comportamento e atitude que podem demonstrar que algo não vai bem, então, sugerimos que preste atenção às alterações de humor, ou seja, se existem mudanças no temperamento habitual da pessoa, se ela passou a ficar mais irritada, agressiva, chorona, agitada, ansiosa ou eufórica, por exemplo. Também existem mudanças comportamentais, como o isolamento e as alterações no sono e no apetite. Caso note alguma dessas mudanças, tente conversar com essa pessoa, no caso de isso estar acontecendo com você, não deixe de procurar ajuda; existem muitas formas de lidar com isso e você não está sozinho nessa.