Transtorno do estresse pós-traumático. Você já ouviu falar sobre?
Lembranças: elas vêm e vão em um piscar de olhos, involuntariamente. Independente do lugar, as lembranças costumam nos visitar, como um passeio a um lugar favorito, uma data em específico, uma experiência. Podem ser ocasionadas por gatilhos que as fazem retornar com força total, como sentir um odor específico, observar uma cor que remete ao pensamento e por aí vai.
Mas, nem sempre as lembranças que aparecem sem mais nem menos são boas. Há situações que nos ferem, deixam traumatizados e mesmo se tentarmos bloqueá-las, ela possivelmente irá nos visitar.
O problema surge quando essa lembrança causa um medo anormal, sempre apresentando perigo aparente, impossibilitando seguir com a nossa rotina ou fazer algo que está relacionado ao que aconteceu.
É chamado de transtorno de estresse pós-traumático, e surge exatamente pela pessoa ter passado por algum tipo de trauma que a marcou, e tal situação dificulta intensamente relacionamentos, trabalho dentre outros aspectos da vida.
Quais tipos de situações podem ocasionar o transtorno?
Elas costumam estar ligadas a experiências aterrorizantes, como violência tanto física quanto sexual; desastres naturais (enchentes, deslizamentos de terra, tempestades, por exemplo); assalto; sequestro; acidentes automobilísticos; obter um diagnóstico de uma doença que possa levar à óbito dentre outros.
Não são apenas indivíduos que passam diretamente por essas situações que possam desenvolver o transtorno, testemunhas que presenciaram as cenas, pessoas muito ligadas à quem passou por alguma dessas experiências, saber sobre alguma tragédia ao assistir um telejornal, por exemplo, ou ser exposto a fatores que lhes traumatizem podem também desencadear o estresse.
Sintomas
Toda situação que vivenciamos nos marca, seja boa ou ruim, porém, quando a experiência é negativa, ela costuma nos deixar abalados. O que acontece é que há indivíduos que não conseguem “se desligar” dessa lembrança, carregando-a consigo por meses e até anos, revivendo este trauma através da memória, por meio de pesadelos ou o chamado “flashback”, quando há a sensação de que o evento acontecerá novamente.
Tremores, enjôos, suor excessivo são reações físicas que aparecem com frequência ao acessar essas memórias ou presenciar circunstâncias que são parecidas às que aconteceram na data em que houve o episódio traumatizante.
Quando há a necessidade de não frequentar locais, conviver com pessoas ou praticar atividades que se aproximam deste problema também são sinais de transtorno de estresse pós-traumático, assim como o constante alerta e a dificuldade de controlar a raiva.
Insônia e falta de concentração costumam acompanhar a pessoa que está acometida. Problemas de relacionamento também.
Outro fator que pode ser observado é que as mulheres costumam ser mais acometidas que os homens pelo transtorno.
Tratamento
Auxiliar no controle dessa constante angústia faz toda a diferença para que o paciente volte a ter uma qualidade de vida e “botar uma pedra” sobre o assunto. É claro, não há como esquecer, no entanto, um profissional qualificado pode ajudar nessa questão através da psicoterapia, por exemplo, na qual o trauma é focado e permite que a pessoa compartilhe sua experiência e, por mais que seja desagradável falar sobre ela, afinal muitos evitam desabafar e guardam para si, esse tratamento ajuda a enfrentar essas lembranças, assim como superá-las. Medicamentos também podem ser necessários, como ansiolíticos e antidepressivos.
Passou por alguma situação desagradável e as lembranças não te possibilitam voltar a ter a vida que tinha antes?
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