O chip da beleza pode afetar o meu tratamento psiquiátrico?
Você já ouviu falar sobre o “chip da beleza”?
Esse dispositivo ficou amplamente conhecido por ajudar as pessoas a alcançarem resultados estéticos com mais facilidade, sem grandes sacrifícios.
Mas, será mesmo que ele pode ser indicado para todos,? Mesmo quem está realizando um tratamento psiquiátrico?
ANTES DE TUDO, O QUE É O CHIP DA BELEZA? Tenho certeza de que você já ouviu falar sobre: trata-se de um dispositivo que libera hormônios com o objetivo de melhorar a aparência estética.
- Seu uso pode prejudicar o tratamento? SIM! Como o chip da beleza altera os níveis hormonais, pode causar um desequilíbrio nas funções realizadas pelo sistema nervoso central. Dessa forma, o tratamento que tem o objetivo de "regular" cada função pode perder sua eficácia ou abrindo espaço para efeitos colaterais;
- E quais os efeitos colaterais? Além de prejudicar a influência do tratamento psiquiátrico, você fica sujeito a alterações de humor, ansiedade, depressão e até alterações do sono;
- O que fazer então? Busque considerar: o chip da beleza é mesmo necessário? Repor hormônios sem ter uma deficiência não prejudica só quem está em um tratamento psiquiátrico, mas qualquer pessoa. O excesso faz mais mal do que bem.
COMO O PSIQUIATRA ENXERGA? O “chip da beleza” tem ganhado popularidade por oferecer uma solução rápida para questões estéticas, através da liberação contínua de hormônios. No entanto, como psiquiatra, devo destacar que a influência dos hormônios vai além da aparência. Eles têm um impacto direto no nosso comportamento, emoções e bem-estar mental.
A administração de hormônios pode provocar mudanças significativas no humor, aumentar a impulsividade e até gerar descontrole emocional. Essas alterações são particularmente relevantes para quem já tem uma predisposição a questões emocionais ou psicológicas.
É essencial que o uso desse tipo de tratamento seja cuidadosamente avaliado, levando em conta não apenas os objetivos estéticos, mas também os riscos para a saúde mental e geral.
Priorizar um cuidado equilibrado e fundamentado pode evitar possíveis efeitos adversos e promover um bem-estar mais completo.
HORMÔNIOS E CRIMINALIDADE: A "culpada" dos crimes pode ser a testosterona? A relação entre hormônios, como a testosterona, e comportamentos agressivos tem sido amplamente estudada. A relação entre testosterona e criminalidade tem sido um tema de interesse significativo na criminologia. Pesquisas têm investigado tanto a exposição pré-natal à testosterona quanto os níveis de testosterona em adultos, buscando entender como esses fatores podem influenciar comportamentos criminosos e agressivos.
Principais insights
Exposição pré-natal à testosterona e criminalidade: Estudos indicam que a exposição pré-natal à testosterona, medida pelo índice 2D:4D, tem uma correlação pequena e inconsistente com comportamentos criminosos e agressivos.
Meta-análises sugerem que a relação entre a exposição pré-natal à testosterona e comportamentos criminosos é fraca e generalizada, não suportando fortemente a hipótese de que a testosterona pré-natal é um preditor significativo de criminalidade.
Níveis de testosterona em adultos e criminalidade: Homens com níveis mais altos de testosterona tendem a cometer crimes mais violentos, como agressão e crimes sexuais, em comparação com aqueles que cometem crimes contra a propriedade. Mulheres com níveis mais altos de testosterona também são mais propensas a cometer crimes violentos, e esses níveis estão relacionados ao número de acusações anteriores e decisões de liberdade condicional.
Comportamento institucional e testosterona: Em ambientes prisionais, tanto homens quanto mulheres com níveis mais altos de testosterona violam mais regras, especialmente aquelas que envolvem confrontos diretos. A testosterona está associada a comportamentos de dominância agressiva em prisões, tanto em homens quanto em mulheres. A pesquisa sugere que, embora a exposição pré-natal à testosterona tenha uma correlação fraca e inconsistente com comportamentos criminosos, os níveis de testosterona em adultos estão mais fortemente associados a crimes violentos e comportamentos agressivos, tanto em homens quanto em mulheres. Em ambientes prisionais, níveis mais altos de testosterona estão relacionados a uma maior propensão para violar regras e exibir comportamentos de dominância agressiva.
A TESTOSTERONA ALTA PODE OFERECER ALGUM RISCO À SAUDE MENTAL?
1 - Agressividade e irritabilidade - Níveis altos de testosterona podem aumentar a agressividade e a irritabilidade, afetando o comportamento e as reações pessoais;
2 - Ansiedade e depressão - Desequilíbrios hormonais podem contribuir para sintomas de ansiedade e depressão, afetando o bem-estar emocional e psicológico.
3 - Distúrbios do sono - Níveis elevados de testosterona podem causar distúrbios no sono, resultando em insônia ou sono de baixa qualidade;
4 - Alterações de humor - Oscilações hormonais podem levar a mudanças abruptas de humor, dificultando o equilíbrio emocional e estabilidade.
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