Conheça os tipos de esquizofrenia e suas classificações
Não, esquizofrenia não é tudo igual. Assim como existem tratamentos diferentes dependendo do grau da patologia, ela também possui tipos que auxiliam a compreender melhor qual é o caso do paciente. Por mais que elas possam mudar durante o processo, ter em mente que há diferenças ajuda inclusive a não confundi-las com outros transtornos psicóticos. Vamos conhecê-las?
A esquizofrenia paranóide, assim como o nome ressalta, possui sintomas como alucinações, sentimento de que alguém está o perseguindo, delírios, inclusive a criação de teorias conspiratórias que costumam ter consistência e base sobre um determinado assunto. Sua fala pode soar confusa, assim como a incoerência na escrita. Outro sintoma está ligado às alterações de humor, assim como mudanças de personalidade. O isolamento social pode acontecer já que o paciente sente dificuldades de prosseguir com suas rotina e conviver com pessoas próximas.
Afetando mais a movimentação do paciente, a esquizofrenia catatônica pode ocasionar a redução dos movimentos do corpo, ou da forma que são executados, há casos em que a movimentação voluntária não acontece de modo algum. Também pode ocorrer exatamente o contrário, no caso, quando há o aumento excessivo dos movimentos. Uma característica bem visível é que, indivíduos que sofrem desse tipo de esquizofrenia podem passar horas em uma única posição. Imitar a fala e o movimento de outras pessoas pode indicar a presença da esquizofrenia catatônica.
Resultando em incoerências na forma de pensar, acompanhados de um comportamento infantilizado, a esquizofrenia hebefrênica, ou popularmente chamada de desorganizada, é outro tipo da patologia. Ações comuns que são realizadas durante o dia-a-dia, como tomar banho e escovar os dentes são as mais prejudicadas, pois o paciente não consegue organizar estes processos, além de ter dificuldades em dialogar e expressar seus sentimentos. Na esquizofrenia hebefrênica, delírios e alucinações não são tão comuns como nas outras classificações.
Quando os sintomas possuem baixa intensidade do que é esperado em pacientes esquizofrênicos, a doença é chamada de esquizofrenia residual, pois mesmo com a presença de alucinações, por exemplo, eles costumam aparecer bem menos durante essa fase.
Se há a expressão de sintomas que não são suficientes para que haja uma classificação do quadro do paciente, ele é diagnosticado com esquizofrenia indiferenciada. As intensidades das manifestações dos sintomas são complexas e possuem variações, por isso é difícil encaixar o paciente nos outros tipos. No entanto, como citei acima, o paciente pode permear de um tipo a outro durante sua vida, então se for classificado como esquizofrênico indiferenciado, é provável que tenha mudanças no diagnóstico futuramente.
Assim como os tipos, seu tratamento pode variar, desde medicações à psicoterapia, ou, em casos mais severos, a internação para um possível tratamento mais adequado, visando a segurança e a saúde do paciente.
Sou psiquiatra há mais de 20 anos e acompanho muitos casos de pacientes diagnosticados com esquizofrenia.
Viso muito proporcionar uma qualidade de vida melhor, afinal o tratamento deve ser feito durante a vida toda. Gostaria muito de te ajudar. Agende um horário comigo clicando aqui.